domingo, 12 de maio de 2013

Preso, livre ou dependente?

Cá estou eu novamente para tratar de Morfologia!

Desta vez refletiremos à cerca de formas livres, presas e dependentes.

Primeiramente, temos a visão de Bloomfield que adota duas unidades. Ele classifica as palavras como formas livres e formas presas. As primeiras constituem uma sequência que pode funcionar isoladamente com uma comunicação suficiente, isto a nível frasal. Já as segundas só funcionam ligadas a outras como, por exemplo, a palavra REVER. Ela está constituída por duas partes: RE- e -VER. A primeira é classificada como forma presa pelo fato de não ter sentido por si só.

Além disso, devemos saber que a palavra pode ser constituída por uma forma livre mínima que é indivisível, como, por exemplo, as palavras leal e luz. Pode constituir-se também por duas formas livres mínimas como as palavras beija-flor e couve-flor e, por último, pode estar constituída de uma forma livre e uma ou mais formas presas como a palavra lealdade.

CUIDADO! - Lembre-se que a forma livre mínima beija-flor, por exemplo, é formada por duas formas livres mínimas, ou seja é formada por duas palavras que são indivisíveis.

Voltando ao conteúdo...

Além da visão de Bloomfield, temos também o teórico Mattoso Câmara Júnior que acrescenta também as formas dependentes que são aquelas que funcionam ligadas às livres, porém diferenciam-se por não funcionarem sozinhas como comunicação suficiente e diferenciam-se ainda das presas por permitirem novas formas entre elas e as livres, ou seja, não são formas livres nem presas, são dependentes.

ATENÇÃO! - Segundo Mattoso Câmara, são formas dependentes os artigos, as preposições, as conjunções e os pronomes oblíquos!

PARA REFLETIR:

Talvez possamos comparar as formas livres, presas e dependentes à grande novela da vida real...
Veja bem:

As formas livres seriam como pessoas que independente de seu estado civil, físico ou psicológico estão sempre de bem com a vida e prontas para representar o que for sem necessitar a presença de um outro. Já as formas presas seriam as pessoas que não largam de mão a mania de precisar de uma outra pessoa ao lado, "grudada", pois só assim suas vidas têm sentido. E, por fim, as formas dependentes seriam pessoas que são livres, mas que de alguma forma querem ter alguém ao lado para dar sentido à vida. Não são presas porque não dependem tão fortemente de outras, mas também não são livres pois não são auto-suficientes o suficiente, são apenas dependentes!



Continua...



Um comentário:

  1. Olá, Valéria!
    Ótima explicação sobre os conteúdos. Gostei da comparação com a vida real, mas, só como sugestão, acho que você poderia colocar uma música para ilustrar usando as palavras de outra pessoa, que tal? Abraços :)

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